terça-feira, 25 de agosto de 2009

GRANDES VULTOS – HERÓIS DA PÁTRIA.

Duque de Caxias.


Pelos serviços prestados ao Brasil, Caxias recebeu as principais honrarias
Luís Alves de Lima e Silva nasceu em 25 Ago 1803, na fazenda de Tuquaru, perto da vila de Porto da Estrela, hoje Duque de Caxias-RJ. Frequentou a Academia Militar de 1818 a 1821, quando foi promovido a Tenente, e participou da guerra da independência na Bahia, em 1823, como Ajudante do Batalhão do Imperador. No posto de Capitão, comandou as linhas avançadas na campanha da Cisplatina, de 1815 a 1825. De volta ao Rio de Janeiro, foi promovido a Major e assumiu o comando do Batalhão do Imperador até a abdicação de D. Pedro I, em 1831.
Constituída a regência trina provisória, da qual participou seu pai, Major Francisco de Lima e Silva, Caxias reprimiu diversos movimentos contra o novo governo. Colaborou com o ministro da Justiça, depois regente, Diogo Antônio Feijó, na organização do batalhão de policiamento da corte e no comando do corpo de guardas municipais permanentes.


Pacificador.

Caxias notabilizou-se sobretudo por reprimir com mão de ferro os movimentos populares de rebeldia contra o governo imperial. Em 1832, sufocou a Abrilada. Nomeado presidente do Maranhão e comandante das forças imperiais em 1839, combateu a revolta conhecida como Balaiada. Conseguiu assim impor a pacificação das províncias do Maranhão e do Piauí, pelo que foi agraciado com o título de Barão de Caxias, em 1841.
Em 1842 eclodiu a revolução liberal em São Paulo e Minas Gerais, que Caxias reprimiu com facilidade e entrou em Sorocaba, onde enfrentou seu antigo chefe, o padre Feijó. Em Minas Gerais, destacou-se no combate de Santa Luzia, decisivo para a vitória.
Nomeado presidente da província do Rio Grande do Sul, que desde 1835 se achava conflagrada, e comandante de armas, reorganizou as forças imperiais e infligiu séria derrota aos rebeldes em Ponche Verde, em 1843. A vitória assegurou sua escolha, pelo imperador, como senador pelo Rio Grande do Sul, mandato que exerceu juntamente com o pai, Francisco de Lima e Silva, caso único na história do império e da república.


Guerra do Paraguai.

Em 1851 Caxias foi nomeado comandante em chefe das forças no Sul, onde liderou a campanha contra Juan Manuel Rosas, na Argentina, e Manuel Oribe, no Uruguai, executando o plano militar em paralelo com a ação diplomática do Marquês de Paraná. Ao fim da campanha, foi promovido a Tenente-General.
Na situação conservadora que se prolongou até 1862, ocupou importantes funções: duas vezes Ministro da Guerra, presidente do conselho e chefe do gabinete conservador a 02 Mar 1861, ocupando a pasta da Guerra. Em 1862, elevado a Marquês, foi promovido a Marechal do Exército. Com a vitória dos liberais, concentrou suas atividades como conselheiro de guerra, cargo que exercia desde 1858.
A difícil crise surgida em 1866, na guerra do Paraguai, após a derrota de Curupaiti, levou o governo, então chefiado por Zacarias de Góis e Vasconcelos, a nomear Caxias para a chefia das forças brasileiras. Sua ação foi reforçada pela nomeação do Almirante José Joaquim Inácio, Visconde de Inhaúma, para o Comando Naval.
Superadas as dificuldades criadas por divergências com autoridades brasileiras e os contatos com o comando supremo que, pelo Tratado da Tríplice Aliança, caberia a Bartolomé Mitre, Caxias reformulou em novas bases a campanha militar, com o avanço das tropas em formação cerrada, auxiliado por um gigantesco esforço da engenharia militar e pelas informações trazidas por balões de reconhecimento. Foi a primeira vez que o Exército brasileiro usou balões para observar posições inimigas.
Caxias destacou-se nessa campanha por sua capacidade como estrategista e por sua bravura pessoal, em especial na passagem do Itororó, em que venceu a hesitação dos soldados, colocando-se na linha de frente para incitar ao seguimento da batalha. O afastamento de Mitre, forçado a voltar à Argentina pelo falecimento do Vice-Presidente, ampliou sua ação.
A campanha final, a chamada Dezembrada, que teve lugar em fins de 1868, impôs ao inimigo as vitórias de Avaí e Lomas Valentinas, que liquidaram as últimas possibilidades de resistência de Solano López. Quase esgotado fisicamente, Caxias, já com 65 anos de idade, entrou vitoriosamente em Assunção a 05 Jan 1869. Com a saúde abalada, retornou ao Rio de Janeiro onde recebeu o título de Duque em 23 Mar 1869.
Caxias foi o único brasileiro a atingir o ducado e a merecer a Grã-Cruz da Ordem de Pedro I, Fundador do Império do Brasil. A república continuou a venerar sua memória. Em 1923, o Exército consagrou a data de nascimento de Caxias como Dia do Soldado, e em 1953, por ocasião do sesquicentenário de seu nascimento, instituiu a Medalha do Pacificador. Em 1962, o governo proclamou-o patrono do Exército brasileiro.
Após longo tempo, Caxias voltou à vida política e foi nomeado conselheiro de estado em 1870. Assumiu a chefia de governo em 25 Jun 1875, como presidente do conselho e Ministro da Guerra. Coube-lhe a tarefa de encerrar a Questão Religiosa com a concessão da anistia aos bispos. Retirou-se então para sua fazenda de Santa Mônica, na vila de Desengano, hoje Barão de Juparanã (distrito do município de Valença-RJ), onde faleceu em 07 Mai 1880.




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