quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

PARA CONHECIMENTO - NOTA CONJUNTA DOS TRÊS CLUBES MILITARES.

COMISSÃO INTERCLUBES MILITARES

Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 2010.

UM PAÍS DE TODOS


Os Presidentes dos Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica colocam-se inteiramente solidários com a repulsa demonstrada pelo Ministro da Defesa e Comandantes Militares ante o lançamento, em momento inoportuno, da intitulada “Comissão Nacional da Verdade”, em particular pela inclusão de textos estranhos ao que fora acordado dentro do governo.

A quem pode interessar reabrir tema pacificado com a Lei de Anistia, vigente há mais de 20 anos? A maior consequência que se pode esperar é a divisão dos brasileiros, muitos dos quais nem ainda nascidos em 1964. As seqüelas deixadas em ambos os lados certamente viriam à tona, quando vivemos presentemente em clima de entendimento e plena convivência democrática.

Se quiserem de forma efetiva e justa reviver a verdade desse passado, teriam que examinar não só todos os atos praticados pelos militares da época, mas também os dos militantes que protagonizaram cenas cruéis de terrorismo, seqüestros, assassinatos, assaltos a bancos, etc, crimes hoje classificados como hediondos e dos quais alguns dos autores ainda se vangloriam.

Ao segundo grupo têm sido oferecidas compensações morais, políticas e financeiras generosas. Contra os do primeiro predominam preconceitos e sentimento político de vingança não disfarçada.

Caso convivêssemos com o sucesso daquele grupo de militantes, certamente, não desfrutaríamos dos inegáveis benefícios proporcionados pela abertura política vigente desde 1985.

A saudável e democrática alternância de Poder não constava do ideário daquela facção e ainda não é admitida por vários do a ela filiados. Os regimes vigentes na ex-União Soviética, na Alemanha dividida do século passado e até hoje em Cuba, eram os modelos a serem adotados com obstinação.

Isso passou, felizmente. Vivemos agora em regime de ampla democracia, irrestrita para qualquer cidadão, com direitos iguais para todos, conforme a nossa Carta Magna. Assim como a propaganda oficial, desejamos que o Brasil seja um país para todos, sem preconceitos nem revanchismos contra qualquer facção, com o olhar voltado para o futuro de grandeza que certamente o aguarda, se não nos perdermos em mesquinharias ao meio do caminho.

Ricardo A.da Veiga Cabral Gilberto Barbosa de Figueiredo Carlos de Almeida Baptista Vice-Almirante General-de-Exército Tenente Brigadeiro-do-Ar
Presidente do Clube Naval Presidente do Clube Militar Presidente do Clube de Aeronáutica

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