Comandos vão redistribuir tropas De Brasília As Forças Armadas preparam uma redistribuição espacial
de suas tropas. O Comando da Aeronáutica resolveu
abrir, nos próximos anos, sua primeira base permanente
na região Norte. Será em Manaus e terá uma frota
de caças F-5, modernizados pela Embraer, para dar
combate imediato a qualquer ameaça em território
amazônico. No comando da Infraero até agosto, o
tenente-brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva acaba de
concluir uma espécie de "permuta" com a FAB. Em troca de um terreno para a expansão do aeroporto
de Florianópolis, cederá áreas no aeroporto de
Manaus para a construção da nova unidade militar.
Uma segunda pista de pouso e decolagem, a ser
construída em cerca de quatro anos, servirá tanto à
aviação comercial quanto os caças, informou Nicácio,
que assume no mês que vem o Comando-Geral de
Tecnologia Aeroespacial (CTA), em São José dos
Campos, um dos principais postos da Aeronáutica.
O brigadeiro deverá ser substituído por Murilo Barbosa,
chefe de gabinete do ministro da Defesa, Nelson Jobim. O Exército, no documento "Estratégia Braço Forte",
detalha os seus planos de redistribuição. Foram
criados dois programas - Amazônia Protegida e
Sentinela da Pátria, que aumentarão o contigente de
soldados e oficiais. O primeiro programa visa
fortalecer a presença militar terrestre na região e
ampliar a vigilância e o monitoramento das fronteiras
amazônicas. Serão implementados 28 novos
pelotões especiais de fronteira. Eles se somarão aos 21
existentes, que passarão por uma modernização. O programa Sentinela da Pátria prevê o reforço das
estruturas operacional e logística dos comandos
militares de área. Inclui basicamente projetos
relacionados à transferência, transformação e
implantação de unidades. No curto prazo, até 2014,
destacam-se os projetos em andamento de
implantação da brigada de operações especiais em
Goiânia, a transferência da 2ªbrigada de infantaria
de selva para São Gabriel da Cachoeira (AM) e a
reestruturação da força de blindados. No médio prazo, o programa contempla a
transferência da brigada de infantaria Paraquedista
para Anápolis (GO) e sua substituição, no Rio, por
uma de infantaria leve. Haverá ainda criação de
novas unidades de aviação (em Manaus e Campo
Grande) e antiaérea (Brasília). Na Marinha, as mudanças abrangem a criação
de uma segunda esquadra e de uma divisão anfíbia
no Norte/Nordeste, que também ganharão uma
nova base naval. No geral, a Estratégia Nacional
de Defesa sugere uma redistribuição territorial
que permita o rápido deslocamento das tropas por
todo o território brasileiro. A partir dos planos
elaborados para cada um dos três comandos, o
Ministério da Defesa proporá à Presidência da
República um projeto de lei de equipamento e de
articulação da Defesa Nacional. (DR)
Fonte: Valor ON LINE de 27 Jul 2009
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